No universo contábil, um dos temas que frequentemente gera dúvidas é como declarar corretamente valores recebidos por consultas, seja você médico, psicólogo, dentista, advogado ou qualquer outro profissional que presta serviços de consultoria.
Afinal, uma declaração feita de maneira errada pode trazer dores de cabeça desnecessárias, e, obviamente, ninguém quer isso.
No artigo de hoje, vamos falar sobre esse tópico, guiando você, passo a passo, para garantir que tudo esteja da maneira correta e transparente.
Assim, você pode focar no que faz de melhor: atender seus clientes com excelência. Acompanhe conosco!
A natureza da renda por consultas
Começando pelo básico, é fundamental entender que a forma como você recebe por consultas pode variar. Se você presta serviços diretamente, sem uma empresa intermediando, você está recebendo como pessoa física.
Por outro lado, se você tem um CNPJ e emite notas fiscais por meio dele, os valores são rendimentos da pessoa jurídica.
Avançando um pouco, valores que você recebe por consultas, na maioria das vezes, são considerados rendimentos tributáveis. Isso significa que, dependendo do montante anual recebido, pode haver a necessidade de pagar Imposto de Renda sobre essa quantia.
Claro, sempre existem exceções. Em alguns casos específicos, dependendo da natureza do serviço prestado e das particularidades legais, a renda por consultas pode se considera isenta ou não tributável. É aqui que ter uma boa orientação contábil se torna importante.
Para quem recebe como pessoa jurídica, existe ainda a questão do regime de tributação escolhido para a empresa. Dependendo do regime (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real), a tributação sobre os valores de consultas pode variar.
Documentação necessária para comprovação
Iniciando o assunto, temos dois documentos importantes: o recibo e a nota fiscal. Se você atua como pessoa física, o recibo é o documento padrão que atesta o serviço prestado e o valor recebido.
Já para aqueles que operam como pessoa jurídica, a nota fiscal é geralmente o documento que se emite após cada consulta ou serviço prestado.
Seguindo adiante, é vital que ambos os documentos (recibo e nota fiscal) contenham informações claras e precisas. Detalhe o serviço prestado, a data, o valor e as partes envolvidas. Quanto mais específico, melhor para evitar confusões futuras.
Uma vez que você tem os documentos em mãos, a próxima etapa é armazená-los de forma segura. Mantenha um sistema de arquivamento, seja ele digital ou físico, onde você possa facilmente acessar e localizar os documentos quando necessário.
Na era digital em que vivemos, é uma boa prática ter cópias digitais de todos os seus documentos importantes. Além de economizar espaço, essa prática facilita o acesso e garante que você tenha um backup em caso de perda ou danos aos documentos físicos.
Finalmente, é importante saber que não é necessário guardar esses documentos para sempre. Para fins fiscais, recomenda-se manter comprovantes por um período de, pelo menos, 5 anos. Esse é o tempo em que a Receita Federal pode solicitar esclarecimentos sobre sua declaração.
Modelos de tributação aplicáveis
Começando pelo mais popular, temos o Simples Nacional. Ideal para pequenas empresas, este regime unifica vários impostos em uma única guia. Se você tem uma clínica ou consultório com receitas abaixo de um determinado teto anual, este pode ser o regime ideal, pela simplicidade e, muitas vezes, pela economia tributária.
Avançando, encontramos o Lucro Presumido. Este modelo se destina a empresas com receitas maiores, mas ainda abaixo de um certo limite. Aqui, a tributação se calcula com base em uma presunção do lucro, ou seja, um percentual pré-definido sobre a receita bruta.
Para empresas de grande porte, ou aquelas com margens de lucro mais ajustadas, o Lucro Real pode ser a escolha mais acertada. Neste regime, os impostos se calculam sobre o lucro efetivo da empresa, exigindo uma contabilidade mais detalhada e acompanhamento constante.
Com tantas opções, pode parecer complicado escolher. No entanto, a chave aqui é entender o perfil e as necessidades do seu negócio. Enquanto o Simples Nacional é mais prático, o Lucro Real oferece oportunidades de planejamento tributário para empresas com características específicas.
Por fim, ter ao seu lado um contador de confiança pode fazer toda a diferença. Ele pode avaliar a saúde financeira do seu negócio, simular cenários e guiar você na escolha do regime tributário mais vantajoso.
Despesas operacionais: o que pode ser deduzido?
Se você paga aluguel pelo espaço onde realiza suas consultas, essa é uma despesa operacional dedutível. Mantenha sempre os comprovantes e contratos em dia para garantir essa dedução.
Avançando, se você tem funcionários, os salários, benefícios e encargos sociais pagos a eles também entram na lista de despesas que podem ser abatidas. Isso inclui FGTS, INSS, entre outros.
As despesas com água, luz, telefone e internet, essenciais para o funcionamento do seu espaço, também são dedutíveis. No entanto, é fundamental que essas contas estejam no nome da empresa ou profissional responsável.
Todos os materiais e insumos utilizados diretamente na prestação de serviços ou consultas também entram na lista. Pense em coisas como luvas, medicamentos, papelaria, entre outros.
Os custos com a manutenção do espaço, como reparos e limpeza, são despesas operacionais que podem reduzir a base de cálculo dos impostos.
Se você investe em publicidade para atrair mais pacientes ou clientes, esses valores também podem ser deduzidos. Isso inclui anúncios, criação de sites, panfletos e outras estratégias de marketing.
Por último, mas não menos importante, os valores pagos ao seu contador ou à empresa de contabilidade também são dedutíveis. Afinal, eles desempenham um papel importante na gestão financeira do seu negócio.
Implicações de não declarar corretamente
Ao não declarar corretamente, você está sujeito a multas e juros sobre os valores não informados. Estas multas, em alguns casos, podem ser bastante expressivas, impactando diretamente as finanças do negócio.
A Receita Federal possui sistemas avançados de cruzamento de informações. Inconsistências nas declarações podem levar você ou sua empresa à temida malha fina, o que implica em um pente-fino nas suas informações fiscais.
Ao avançarmos, encontramos outras consequências indesejadas. Pendências fiscais podem gerar restrições. Isso significa dificuldade em obter financiamentos, empréstimos ou participar de licitações, por exemplo.
Em situações mais graves, onde o Fisco identifica indícios de sonegação fiscal, podem surgir complicações jurídicas. Além das penalidades financeiras, há risco de processos judiciais que podem, em casos extremos, levar a penalidades criminais.
Indo além dos aspectos legais e financeiros, a não declaração correta pode afetar a imagem do seu negócio. Clientes, fornecedores e parceiros valorizam empresas transparentes e em conformidade com suas obrigações.
Finalmente, uma declaração incorreta hoje pode se transformar em uma bola de neve no futuro. Corrigir erros de anos anteriores pode ser um processo complexo, custoso e estressante.
Garantir a correta declaração de rendimentos e despesas é essencial para a saúde financeira, legal e reputacional do seu negócio. Com a orientação adequada e uma boa organização, é possível evitar essas complicações e focar no que realmente importa: o crescimento e sucesso do seu empreendimento.
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