Gestão de riscos financeiros: Como fazer?
Na vida, muitas vezes, nos encontramos avaliando os riscos antes de dar o próximo passo, seja ao decidir sobre uma nova dieta, fazer uma viagem ou até mesmo comprar uma casa. Afinal, ninguém gosta de ser pego de surpresa por consequências inesperadas. No mundo da contabilidade e das finanças, essa lógica não é diferente. A gestão de riscos financeiros torna-se essencial para assegurar a saúde financeira e a estabilidade de uma empresa. Mas, como exatamente fazemos isso? Em primeiro lugar, entender o conceito por trás da gestão de riscos é fundamental. Em seguida, reconhecer que, assim como em outras áreas da vida, o planejamento e a estratégia são o segredo para o sucesso. Acompanhe-nos neste artigo e descubra as melhores práticas para manter sua empresa ou suas finanças pessoais em equilíbrio, evitando surpresas. Vamos lá? Qual a diferença entre risco e incerteza? Quando falamos de risco, estamos nos referindo a situações em que podemos prever a probabilidade de um evento ocorrer. Em outras palavras, mesmo que não saibamos exatamente o que acontecerá, temos dados ou informações passadas que nos permitem estimar as chances. O risco é quantificável, o que significa que podemos medir e, muitas vezes, planejar ou nos preparar para ele. A incerteza, por outro lado, refere-se a situações em que não podemos prever a probabilidade de diferentes resultados. É quando não temos dados, histórico ou qualquer informação que nos ajude a estimar as chances de um evento ocorrer. Em situações de incerteza, estamos realmente no escuro sobre o que esperar e não podemos quantificar os possíveis resultados. Compreender a diferença entre risco e incerteza é importante porque impacta a forma como tomamos decisões. Em situações de risco, podemos usar ferramentas estatísticas e dados para nos ajudar a tomar uma decisão informada. No entanto, em situações de incerteza, muitas vezes temos que confiar mais em nosso julgamento, intuição ou experiência, já que não temos informações quantificáveis para nos guiar. Enquanto o risco é algo que podemos medir e quantificar com base em informações existentes, a incerteza envolve situações em que não temos clareza sobre os possíveis resultados e não podemos estimar suas probabilidades. Ambos os conceitos são importantes no mundo dos negócios e requerem abordagens diferentes quando se trata de tomada de decisão. Protegendo o capital e ativos da empresa Primeiro, é fundamental saber o que você está protegendo. O capital refere-se ao dinheiro investido na empresa, seja pelo proprietário, acionistas ou por meio de empréstimos. Já os ativos são tudo aquilo que a empresa possui, como máquinas, prédios, estoque e até mesmo marcas e patentes. Ao assegurar seus ativos físicos, como edifícios e equipamentos, você está se preparando para eventuais imprevistos. Se algo der errado, o seguro pode cobrir os custos e evitar grandes prejuízos. E não coloque todos os ovos na mesma cesta. Ao diversificar onde e como você investe o capital da empresa, diminui-se o risco de grandes perdas. Ter um bom controle sobre as finanças significa monitorar de perto as entradas e saídas de dinheiro, investir em uma boa contabilidade e sempre revisar os gastos. No mundo digital de hoje, os ativos da empresa não são apenas físicos, mas também digitais. Proteger informações e dados é fundamental. Ferramentas e métodos de identificação de riscos Quando falamos em identificar riscos em uma empresa, estamos basicamente falando sobre como prever tempestades antes que elas cheguem e saber se estamos ou não preparados para enfrentá-las. Existem várias ferramentas e métodos que ajudam nesse processo, e vamos explorá-las de maneira simples e direta. 1. Análise SWOT: SWOT é a sigla para Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). Ao usar essa análise, você pode entender melhor as vantagens da sua empresa, onde precisa melhorar, oportunidades a serem aproveitadas e, claro, potenciais riscos ou ameaças que podem surgir. 2. Brainstorming: Esta é uma técnica que envolve reunir sua equipe e discutir abertamente sobre possíveis riscos. 3. Matriz de Risco: Esta é uma ferramenta visual que ajuda a classificar riscos com base em sua probabilidade e impacto. Imagine um quadro com riscos listados de acordo com a chance de acontecerem e o estrago que podem causar. Isso ajuda a priorizar quais riscos precisam ser tratados primeiro. 4. Análise de Causa e Efeito (Diagrama de Ishikawa): Também conhecido como diagrama de espinha de peixe, esta ferramenta ajuda a rastrear a origem de um problema. 5. Checklists e Questionários: Às vezes, o simples ato de listar itens e fazer perguntas relevantes pode ser extremamente eficaz. 6. Análise de Cenários: Esta técnica envolve criar e estudar diferentes situações ou cenários que poderiam acontecer no futuro. Estabelecendo fundos de reserva e controles internos Imagine que você tem uma caixinha onde coloca dinheiro todo mês “só para o caso de”. Esse “só para o caso de” pode ser uma emergência, uma oportunidade ou qualquer imprevisto. No mundo dos negócios, chamamos essa caixinha de fundo de reserva. É uma quantia de dinheiro que a empresa guarda para garantir estabilidade em tempos incertos. Assim como você ficaria aliviado ao encontrar dinheiro extra quando seu carro quebrar inesperadamente, por exemplo, uma empresa se beneficia do fundo de reserva quando enfrenta desafios financeiros inesperados, como uma queda nas vendas ou um gasto emergencial. Portanto, ter um fundo de reserva é como ter uma rede de segurança, enquanto os controles internos são as regras do jogo que garantem que tudo funcione bem e com integridade. Juntos, eles formam uma combinação poderosa que protege e fortalece a saúde financeira de uma empresa. Revisão periódica de estratégias e planos de ação À medida que o tempo passa, as circunstâncias mudam. O que funcionava perfeitamente há seis meses ou um ano pode não ser mais tão eficaz. Além disso, novas oportunidades e desafios surgem, e as empresas precisam estar prontas para se adaptar. Não basta apenas reconhecer a necessidade de revisão; é vital estabelecer um cronograma. Isso pode ser feito trimestral, semestral ou anualmente, dependendo da dinâmica do negócio. Tendo datas fixas no calendário, assegura-se que o processo de revisão não