Se você é empresário e precisa declarar o Imposto de Renda como pessoa física, provavelmente já se perguntou: devo declarar em conjunto com meu cônjuge ou de forma separada? Afinal, essa decisão impacta diretamente quanto você irá pagar ou restituir no IRPF.
Antes de mais nada, é importante entender que muitos contribuintes ainda cometem erros por não analisarem corretamente as possibilidades. Por isso, acabam pagando mais impostos do que deveriam ou, pior ainda, correm o risco de cair na malha fina.
Assim sendo, se você é dono de um pequeno negócio, essa leitura pode economizar milhares de reais e evitar dores de cabeça com o Fisco.
Quem pode declarar o IRPF em conjunto?
De acordo com a Receita Federal, você pode optar pela declaração conjunta se for:
- Casado oficialmente;
- Companheiro em união estável com mais de 5 anos ou com filhos em comum;
- Casal em que um dos dois se declara como dependente do outro.
Ademais, essa escolha é válida ano a ano, ou seja, você pode declarar em conjunto este ano e optar pela separação no próximo, conforme sua situação financeira mudar.
Qual a diferença entre declarar em conjunto ou separado?
Em primeiro lugar, precisamos entender as características de cada modalidade.
Declaração Conjunta
Você e seu cônjuge somam os rendimentos e também todas as despesas dedutíveis, como saúde, educação, dependentes, previdência privada, entre outras. O imposto é calculado sobre o total.
Declaração Separada
Cada um declara individualmente os próprios rendimentos e deduções. Nesse caso, os dados não se misturam e cada declaração segue seu caminho.
Assim, escolher entre uma ou outra forma exige cuidado. Analogamente a qualquer decisão estratégica no seu negócio, a escolha certa aqui pode trazer grandes benefícios — ou prejuízos.
Por que é tão importante para o pequeno empresário saber se é melhor a declaração do IRPF conjunta ou separada?
Atualmente, muitos empresários não se dão conta de que a forma como declaram seu Imposto de Renda pode afetar diretamente o caixa pessoal e até o fluxo de caixa da empresa, principalmente quando há movimentações financeiras entre CPF e CNPJ.
Por exemplo, se você:
- Recebeu pró-labore ou distribuiu lucros no ano-calendário;
- Teve despesas com saúde ou educação da família pagas no CPF;
- Está com rendimentos diferentes dos anos anteriores;
Então, você precisa avaliar com atenção qual formato é mais vantajoso. Em outras palavras, a falta de planejamento pode levar a erros sérios e custos desnecessários.
Quando vale a pena declarar em conjunto?
Em geral, a declaração conjunta funciona melhor quando um dos cônjuges tem baixa ou nenhuma renda. Isso porque:
- Você pode usar as deduções do casal para reduzir a base de cálculo do imposto;
- É possível ampliar o valor da restituição;
- O casal evita que a renda de um sozinho atinja faixas mais altas de tributação.
Por exemplo, imagine que você recebeu R$ 120 mil entre pró-labore e lucros em 2024. Seu cônjuge não teve rendimentos. Se você declarar separadamente, pode cair em uma alíquota alta. Contudo, ao optar pela declaração conjunta e somar as despesas dedutíveis da família, você pode reduzir bastante o imposto a pagar — ou até garantir uma boa restituição.
Quando é melhor declarar separado?
Por outro lado, se ambos têm rendas semelhantes ou se um dos dois teve despesas dedutíveis que o outro não pode utilizar, vale mais a pena separar.
Assim também, a declaração separada oferece:
- Autonomia na gestão das finanças individuais;
- Segurança jurídica, caso um dos cônjuges tenha dívidas ou pendências fiscais;
- Redução da carga tributária em alguns casos específicos.
Portanto, embora a declaração conjunta pareça mais simples, nem sempre ela é a mais econômica.
Modelo completo ou simplificado?
Além disso, você precisa escolher entre os modelos completo ou simplificado, tanto na declaração conjunta quanto na separada.
Modelo Simplificado
- Desconto automático de 20% sobre a renda tributável;
- Ideal para quem não possui muitas despesas dedutíveis;
- Mais simples de preencher.
Modelo Completo
- Permite deduzir despesas detalhadamente;
- Indicado para quem tem altos gastos com saúde, educação ou previdência;
- Pode resultar em restituição maior.
Importante: na declaração conjunta, ambos devem seguir o mesmo modelo. Logo, simule os dois para descobrir qual é o mais vantajoso.
Erros que custam caro na declaração do IRPF conjunta ou separada
Sobretudo, pequenos empresários cometem erros graves, como:
- Omitir rendimentos de pró-labore ou lucros;
- Confundir despesas pessoais com da empresa;
- Escolher o modelo errado de declaração;
- Ignorar deduções possíveis.
Por consequência, isso pode resultar em:
- Pagamento indevido de imposto;
- Retenção da restituição;
- Multas e penalidades;
- Malha fina da Receita Federal.
Como evitar prejuízos ao fazer a declaração do IRPF conjunta ou separada
A princípio, simule todos os cenários (conjunto/separado e completo/simplificado). Posteriormente, organize seus documentos e busque apoio especializado.
Conte com a Santa Contabilidade
Na Santa Contabilidade, ajudamos empresários como você a reduzir legalmente a carga tributária e evitar erros na declaração do IRPF. Analisamos seu perfil, os rendimentos, as despesas dedutíveis e as melhores estratégias para você pagar menos imposto — tudo com clareza, responsabilidade e segurança.
📞 Fale com um contador especializado agora
Evite erros na declaração e aproveite todas as deduções legais disponíveis. Deixe a equipe da Santa Contabilidade cuidar do seu IRPF com segurança e foco na economia tributária.