As mudanças nos regulamentos fiscais são sempre de grande importância para o mundo empresarial e os cidadãos em geral. Nesse cenário, torna-se essencial acompanhar as constantes atualizações, pois temos que evitar surpresas desagradáveis e garantir o cumprimento de todas as obrigações.
Em 2023, houve alterações na Tabela do ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, pois é um dos tributos mais relevantes na estrutura tributária brasileira.
Portanto, independentemente de você ser um empresário procurando entender como essas mudanças afetarão sua empresa, ou um cidadão interessado em compreender mais sobre a carga tributária que recai sobre o consumo, este artigo foi pensado para você.
Prossiga na leitura e entenda quais são as novas alíquotas da nova Tabela ICMS 2023!
Entendendo o ICMS
Para começar a desvendar o labirinto da tributação, é fundamental entendermos o que é o ICMS. A sigla ICMS representa o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Como o nome sugere, é um tributo que incide sobre a circulação de mercadorias e também sobre alguns tipos de serviços, pois aqui consideramos o transporte e comunicação, por exemplo.
Imagine o seguinte: cada vez que você compra um produto, seja um simples caderno na papelaria, um eletrodoméstico em uma loja ou até mesmo um carro em uma concessionária, uma parte do valor que você paga é destinada ao ICMS. E não para por aí. O ICMS também é aplicado quando uma empresa vende um produto para outra empresa, pois ocorre quando há prestação de serviços como fornecimento de energia elétrica, telecomunicações e transportes intermunicipais e interestaduais.
Mas quem cobra este imposto? Essa é uma tarefa dos Estados e do Distrito Federal. Isso significa que cada um desses entes federativos tem autonomia para estabelecer suas próprias alíquotas de ICMS, pois seguem a orientação de uma tabela definida pelo Senado Federal. Portanto, o ICMS pode variar de estado para estado, daí a importância de se manter atualizado sobre as alíquotas aplicáveis no seu estado ou nos estados, pois é assim que você realiza transações comerciais.
As Novas Alíquotas da Tabela ICMS 2023
Muitos estados brasileiros estão optando por elevar suas alíquotas internas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), pois essa ação tem potencial para levar a um acréscimo nos preços para o consumidor final de maneira mais ampla.
É fundamental lembrar que esse ajuste deve respeitar a regra constitucional da noventena, pois é um intervalo de 90 dias entre a publicação da lei e sua efetiva aplicação. Essa alteração tem a finalidade de balancear a coleta de impostos das unidades federativas, especialmente tendo em vista as recentes diminuições nas alíquotas para bens e serviços como energia elétrica, combustíveis, gás natural, telecomunicações e serviço de transporte coletivo.
A tabela então ficou assim:
Estado | Base Legal | Alíquota Anual | Nova Alíquota | Vigência |
Piauí | Lei Complementar nº 269/2022 | 18% | 21% | 08/03/2023 |
Sergipe | Lei nº 9.120/2022 | 18% | 22% | 20/03/2023 |
Alagoas | Lei nº 8.779/2022 | 17% | 19% | 01/04/2023 |
Bahia | Lei nº 14.527/2022 | 18% | 19% | 22/03/2023 |
Maranhão | Lei nº 11.867/2022 | 18% | 20% | 01/04/2023 |
Rio Grande do Norte | Lei nº 11.314/2022 | 18% | 20% | 01/04/2023 |
Pará | Lei nº 9.755/2022 | 17% | 19% | 16/03/2023 |
Acre | Lei Complementar nº 422/2022 | 17% | 19% | 01/04/2023 |
Tocantins | Medida Provisória nº 33/2022 | 18% | 20% | 01/04/2023 |
Amazonas | Lei Complementar nº 242/2022 | 18% | 20% | 29/03/2023 |
Roraima | Lei nº 1.767/2022 | 17% | 20% | 01/04/2023 |
Paraná | Lei nº 21.308/2022 | 18% | 19% | 13/03/2023 |
Quais foram as mudanças?
Amazonas (Alíquota ICMS era 17% foi para 18%)
Amapá (Alíquota ICMS diesel, perfumaria era 25% foi para 29%)
Alagoas (Acréscimo de 1% produtos supérfluos, era 17% foi para 18%)
Bahia (Alíquota ICMS era 17% foi para 18%)
Ceará (Alíquota ICMS fumo, bebidas alcoólicas e cigarro era 25% foi para 28%)
Distrito Federal (Alíquota ICMS era 17% foi para 18%,tabaco e bebidas 27% para 31%,gasolina 25% para 28%,diesel 12% para 15%)
Tocantins (Alíquota ICMS gasolina, álcool, perfumaria, bebidas alcoólicas era 25% foi para 27%. Foi inserido também 2% de aumento para Fundo Estadual de Combate e Erradicação da pobreza, ou seja, o aumento real foi de 25% para 29%)
São Paulo (Alíquota ICMS bebidas alcoólicas era 18% foi para 20%,os medicamentos genéricos era 18% foi para 12%)
Goiás (Alíquota ICMS, gasolina era 27% foi para 28%).
A razão para o aumento generalizado do imposto está ligada às perdas de receita geradas pela desoneração de itens como combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. Para compensar esta redução na arrecadação, os governadores precisarão aumentar a alíquota média padrão do ICMS de 17,5% para 21,5% a partir de 2023, segundo pesquisa realizada pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz), cujos dados foram divulgados.
Quatro estados – Pará, Piauí, Paraná e Sergipe – já enviaram propostas de aumento de impostos às suas respectivas assembleias legislativas, pois é esperado que outros estados sigam o mesmo caminho. A arrecadação do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, que antes representava cerca de 30% da receita total dos estados, foi reduzida este ano pelo Congresso, pois também espera-se a diminuição dos preços e controle da inflação antes das eleições.
Implicações das Novas Alíquotas para Empresas
Ao nos aprofundarmos nas implicações das novas alíquotas da Tabela ICMS 2023 para as empresas, precisamos considerar o impacto dessas mudanças em diferentes níveis.
Primeiramente, o aumento das alíquotas de ICMS pode resultar em custos maiores para as empresas, pois elas terão que pagar um valor mais alto de impostos sobre a circulação de mercadorias e serviços. Isso pode afetar diretamente o fluxo de caixa e o planejamento financeiro, pois exige ajustes nos preços dos produtos ou serviços para compensar o aumento do custo tributário.
Por outro lado, essas alterações também exigem uma revisão da estratégia de gestão tributária. As empresas precisarão revisar seus procedimentos fiscais e talvez até mesmo reorganizar suas operações, pois é preciso se adaptar ao novo cenário. Em alguns casos, essa situação pode envolver a contratação de profissionais especializados ou a implementação de novos sistemas de gestão tributária, pois deve-se garantir o cumprimento das novas regras.
Além disso, vale lembrar que as mudanças na alíquota do ICMS podem afetar as relações comerciais entre empresas de diferentes estados. Afinal, como mencionado anteriormente, cada estado tem autonomia para definir suas alíquotas de ICMS, pois isso pode levar a variações consideráveis nas taxas aplicáveis. Assim, as empresas precisam considerar essas diferenças ao fazer negócios com parceiros comerciais de outros estados.
A Reforma Tributária seria a solução?
A reforma tributária representa uma alteração nas legislações que orientam o recolhimento de impostos no Brasil, pois o propósito central dessa reforma é tornar o sistema de tributação mais simples e claro, pois assim se reduz a burocracia habitualmente associada à taxação.
Adicionalmente, ela estimula a economia, gerando um incentivo mais robusto ao consumo, o que, por consequência, favorece a criação de novos empreendimentos e a geração de empregos. Nos últimos anos, a reforma tributária se tornou um tópico constante e fervoroso em discussões midiáticas e políticas, pois considera-se a demanda contínua pela simplificação do Sistema Tributário Nacional.
Adaptação às Novas Alíquotas
Sabemos que qualquer alteração no sistema tributário pode parecer complexa, mas, com um planejamento adequado e uma gestão eficiente, é possível navegar nesse novo cenário de maneira menos turbulenta.
É preciso entender completamente o que mudou. Isso significa não apenas conhecer as novas alíquotas, mas também entender como elas se aplicam a cada tipo de mercadoria ou serviço que sua empresa oferece. Informação é um recurso importante aqui.
Nesse sentido, consultar um contador pode ser uma opção valiosa para esclarecer dúvidas, pois assim você garante que sua empresa esteja em conformidade com a nova legislação.
Em seguida, é necessário revisar a estrutura de preços dos seus produtos ou serviços, pois o aumento da alíquota do ICMS pode exigir ajustes nos preços para compensar o custo adicional do imposto. Porém, é importante lembrar que qualquer alteração de preço deve ser feita considerando o impacto sobre os clientes, pois também é preciso considerar a competitividade da empresa no mercado.
Adicionalmente, a adoção de um software de gestão tributária pode ser uma maneira eficiente de lidar com as mudanças, pois esses sistemas permitem acompanhar as alterações na legislação fiscal, calcular automaticamente os impostos devidos e gerar relatórios que auxiliam no cumprimento das obrigações fiscais.
Por último, a comunicação também desempenha um papel essencial nesse processo. As empresas devem se esforçar para manter os clientes informados sobre qualquer alteração de preços resultante das novas alíquotas de ICMS. Uma comunicação clara e transparente pode ajudar a manter a confiança dos clientes, pois minimiza possíveis impactos negativos.
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